No acontecer da inauguração da exposição, um desdobrável explicava resumidamente “O homem que vê aviões debaixo da terra”, um imaginário pássaro de Albuquerque Mendes a mergulhar no mundo. No sábado, dia 3 de Setembro, foi apresentado o catálogo da exposição que ainda pode visitar até 20 de Setembro, na Sala Concreto do Cine-Teatro Garrett.
O Vice-presidente e Vereador da Cultura, Luís Diamantino; o Curador Tomás Carneiro; o autor das obras expostas, Albuquerque Mendes, e o escritor e poeta Valter Hugo Mãe juntaram-se à mesa para falar um pouco do catálogo que, guarda dentro a exposição que pode ainda ver por fora, assim como imagens do monólogo teatral interpretado pelo actor Rui Spranger.
Para Luís Diamantino, folhear o catálogo é mergulhar na exposição com a tranquilidade de quem lê e vê. Para quem ainda não visitou a exposição, “entrar na sala é não ficar indiferente”.
Tomás Carneiro reconheceu a importância de ter um autor que “mistura o burlesco e a ironia, o contra-senso e a subversão do óbvio”.
No diálogo com o público presente, Valter Hugo Mãe mergulhou na sua infância para falar na Póvoa de Varzim “onde os verões se passavam na praia”.
Nas palavras de Albuquerque Mendes, o limite na arte não existe e a sua criação germina muitas vezes da “leitura de livros, mas também da intuição do observador”.
Este foi um regresso do artista à Póvoa de Varzim, depois de uma passagem em 1976, onde apresentou as “Três Mortes de S. João Baptista” na Praça do Passeio Alegre num ritual/performance que decorreu durante os III Encontros Internacionais de Arte.
A sessão terminou com um monólogo teatral inspirado na exposição “O homem que vê aviões debaixo da terra”, escrito por Albuquerque Mendes e interpretado pelo actor Rui Spranger.
