Voz da Póvoa
 
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O Adeus às Virgens Recorda o Autor da Ilha do Desterro

O Adeus às Virgens Recorda o Autor da Ilha do Desterro

Cultura | 23 Dezembro 2021

A Câmara Municipal organizou uma série de eventos para comemorar o centenário de nascimento do poeta, escritor, cronista, historiador e crítico literário Alexandre Pinheiro Tores, que tendo nascido em Amarante, “para mim foi sempre fulcral e inevitável considerar-me filho da Póvoa” escreveu um dia para reforçar o facto de ter vivido, primeiro em frente à ilha do Desterro e mais tarde na Rua de S. Pedro nº1. Estas vivências que se prolongaram por 11 anos, antecederam o convite que recebeu para docente pela Universidade de Cardiff, onde viria a tornar-se catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira.

Na sexta-feira, ao início da tarde o Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim acolheu a inauguração da exposição “A Póvoa Antiga no Universo de Alexandre Pinheiro Torres” e à noite na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, o público interessado pôde presenciar a inauguração da exposição “O tempo e o espaço de Alexandre Pinheiro Torres: Biblioteca particular” e ao lançamento da reedição do romance “O Adeus às Virgens”.

Depois de uma visita guiada pela directora da Biblioteca, Lurdes Adriano, acompanhada pelo Vice-presidente e Vereador da Cultura Luís Diamantino, ficámos todos a saber mais sobre os documentos expostos, assim como peças originais do Café Chinês, cedidas por um particular.

De seguida, foi apresentado o romance “O Adeus às Virgens”, uma reconstituição simbólica de uma época, a década de 30, na Póvoa de Varzim do Café Chinês e do Guarda-Sol, da Rua dos Cafés, um cenário à Las Vegas, com roletas, bacarás, bilhares, a batota generalizada ou o jogo no senhor colarinho, onde o Camilo Castelo Branco se desgraçou sempre que vinha à imaginosa Vila poveira”.

Na mesa, Luís Diamantino e a artista plástica Júlia Pintão, falaram do livro, contaram histórias, momentos de vida com o autor ou pequenas frases do reeditado romance: a morte nunca se gasta – enquanto há morte há esperança – o destino não é coisa que se espere, é preciso agir para fazer acontecer.
 
Para Júlia Pintão que ilustrou o livro A Ilha do Desterro, há uma saudade que se justifica para além da amizade: “Falta-me a expectativa da espera de um novo livro de Alexandre Pinheiro Torres”.
 
No final, entre algumas intervenções do público ainda houve tempo para ouvir na voz do poeta Aurelino Costa, alguns poemas do livro A Ilha do Desterro.

As comemorações continuam a 27 de Dezembro, dia do centenário de nascimento de Alexandre Pinheiro Tores, que será aproveitado para descerrar uma placa comemorativa da efeméride, às 11h30, na casa onde morou, situada na Rua de S. Pedro.

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