Estas miúdas belas excitam-me. Ah! Mil vezes estar na cidade. Agora estou no "Nacional". O café da amiga do Isaque. Um dos mais antigos cá do burgo. A X. ainda não ligou. Escrevo. Os poetas, os jornalistas e os escritores escrevem. Faz-me bem escrever. Exercito os dedos, a mão e o espírito. Passam mais mulheres. Esta compra tabaco. Céus! Parece que se exibem para mim na passerelle. Tenho a chávena de café e a água à minha frente. A menina bonita vai embora. Os carros, os autocarros e as pessoas normais passam. A música festiva passa. A vida passa. A velha entra. As horas passam. O sino da Igreja Matriz badala. Vou mijar. O meu grande amigo Henrique anda desaparecido. A velha está confusa. As raspadinhas são a nova droga. Aposta! Joga! Mais vale ir ao Casino da Póvoa! Ainda está a dormir a princesa. A Bela Adormecida. Que Deus a tenha. Pronto, vêem-se belos cus. Ouve-se boa música. A dona do café é fixe. AGARRADOS AOS ECRÃS COMO À PIÇA. Bem, vamos pegar n' "A Batalha".
António Pedro Ribeiro “à mesa do homem só” a letra é grande, o poema maior ainda…