Voz da Póvoa
 
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Na Feira do Livro “A Póvoa na Fala dos Poetas”

Na Feira do Livro “A Póvoa na Fala dos Poetas”

Cultura | 8 Agosto 2022

 

O mar ali a sonorizar leituras pescadas na Feira do Livro. A praia convida e ainda há por lá quem coloque o dedo na página para se surpreender na seguinte. A era digital não tem destes gestos e ainda não é capaz de apagar todos os objectos de arte.

A prová-lo estão os milhares de livros que se repartem em estórias, contos, ilustração, poesia, ensaio, romance e tantos outros escritos da imaginação dos seus autores. Há sempre uma mão que os procura e leva para casa.

O tempo e o espaço foram programados para que entre os livros se promovesse a leitura. No dia 4 de Agosto, a noite ofereceu “A Póvoa na Fala dos Poetas”, uma iniciativa que visou olhar quem nos escreve o coração das coisas que habitamos. Uma mesa e uma roda de gente para ouvir da voz de Aurelino Costa, Manuela Ribeiro e Isabel Costa, os poetas e os poemas.

As palavras de Aurelino Costa, Luísa Dacosta, José Carlos Vasconcelos, Alexandre Pinheiro Torres, António Nobre, entre outros, foram trauteadas pelos dedos nas cordas da guitarra de Carlos Costa e de José Peixoto.

Entre o público estava José Carlos Vasconcelos a ouvir-se sem esperar. Depois, Aurelino Costa abriu na mesa um espaço para o poeta que regressou ao ‘galinheiro do Garrett’ habitado pela sua adolescência. Do António Nobre lembrou os ‘Poveirinhos!’ meus velhos Pescadores! Na Água quisera com Vocês morar: Trazer o grande gorro de três cores, Mestre da lancha Deixem-nos passar!

Na despedida, palavra que nos quer de regresso, ‘A Ladainha das Lanchas’, onde o vento de uma harmónica se cruzou entre a voz de Aurelino Costa e uma guitarra: Bamos com Deus! Lanchas, ide com Deus! ide e voltai com Ele por esse mar de Cristo... Adeus! adeus! adeus!

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