Voz da Póvoa
 
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Música no Caminho de Santiago e no VIII Colóquio Internacional

Música no Caminho de Santiago e no VIII Colóquio Internacional

Cultura | 22 Novembro 2022

 
 
Entre 17 e 19 de Novembro, o Salão Nobre da Junta de Freguesia de São Pedro de Rates, recebeu conferencistas de Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália e Alemanha, no VIII Colóquio Internacional Caminhos de Santiago, desta vez com uma dedicatória à “Música no Caminho”.
 
O Comissário Geral dos Colóquios, Paulo Sá Machado, reconheceu a importância de alargar a três dias, “ampliando deste modo o número de comunicadores congressistas, mas também pela primeira vez temos 90 inscrições no Colóquio”. A Feira do Livro que junta obras com a temática dos caminhos que nos levam a Santiago, mantém-se ano após ano com entusiasmo crescente.
   
Durante a sessão oficial que contou com a presença do Vice-presidente da Câmara e Vereador da Cultura, Luís Diamantino; Presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim, Afonso Pinhão Ferreira; Directora Regional da Cultura do Norte, Laura Castro; Bispo Auxiliar da Dioceses de Braga, Nino de Almeida; Vice-presidente da CCDR-N, Albino Pinto; Comissário Xacobeo 21-22, Cecília Marimón; Alcaldesa de Triacastela, Olga Frontal; Pároco de S. Pedro de Rates, Sá Ribeiro; Presidente da Junta de S. Pedro de Rates, Paulo João, foi apresentado o 7º volume das Actas dos Colóquios Internacionais, correspondente ao ano anterior, “que permite aos estudiosos terem uma fonte de informação preciosa e actual”.
 
Na abertura da sessão, Paulo João disse que tinha “um enorme orgulho em ter aqui um conjunto de entidades influentes no nosso país e na vizinha Espanha. A Junta de freguesia agradece a todos a presença e colaboração que têm prestado para o engrandecimento destes colóquios. Tenho que agradecer em particular ao doutor Paulo Sá Machado que tem sido um colaborador de excelência a este nível cultural, mas não posso deixar de agradecer a todos os presentes nesta mesa”.
 
A destacar também, a intervenção de Afonso Pinhão Ferreira que entende que “os Caminhos de Santiago têm três coisas importantes, primeiro permite contemplar. Quem é que nesta acelerada vida tem tempo para a contemplação? Vamos ser honestos, pouca gente”. Hoje em dia “não há reflexão sobre o pensamento” e andar a pé sozinho durante muitos quilómetros “abre os horizontes à introspecção, à reflexão”. É fundamental “perguntarmos porque é que existimos?”. E por fim a objectivação: “Hoje cada vez menos as pessoas têm convicções, não acreditam em nada. Porque não têm a tal reflexão e não aprofundam os conhecimentos que levam a qualquer coisa. Caminhar dá para contemplar, reflectir e objectivar”, conclui. 
 
Por seu lado, Laura Castro reconheceu que “é uma iniciativa já consolidada onde estão envolvidas as principais entidades do Norte de Portugal e também da Galiza que se mobilizam para cuidar dos caminhos de Santiago que têm vindo a ser estudados, documentados, qualificados e divulgados, numa palavra: geridos”.
 
  No final, foi assinado por Paulo João e Olga Frontal um protocolo de compromisso entre Rates e Triacastela, na Província de Lugo, Galiza. “É um povoado pequeno com menos de mil habitantes, que convive há mil anos com o caminho francês que nos leva a Santiago. Somos pequenos, mas não menos importantes. Somos uma terra onde também habita o mineral, onde o peregrino leva uma pedra até Santiago. Pelo que um pouco de Castela está na Catedral de Santiago”. 
 
Durante a sessão, músicos da Escola de Música de Rates interpretaram o hino da Póvoa de Varzim e o hino de S. Pedro de Rates, este último da autoria de Abel Carriço.
 
Por: José Peixoto
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