Na Sessão de Encerramento da 23ª edição do Correntes d’Escritas, que mais uma vez teve como palco o Cine-Teatro Garrett, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, entre outros elogios destacou que “na Póvoa de Varzim há espaço para ouvir os outros, existe acesso democrático à arte e à literatura”.
O regresso ao presencial depois de uma experiência em online no ano anterior, provou aos amantes do virtual, as virtudes que a realidade oferece ao humano Ser de carne, osso e cabeça para pensar. “O Correntes d’Escritas merece todos os elogios. Um trabalho de equipa que soube crescer e, a cada ano, renovar-se e reinventar-se. Vivemos um momento desafiante e perigoso, e estar aqui é reconfortante”, referiu a ministra.
Graça Fonseca lembrou o facto da Póvoa de Varzim ser o berço de grandes escritores, como Eça de Queiroz “mestre da palavra que transformou a nossa língua e a tornou um pouco sua”, e adoptiva de tantos outros, nomeadamente “Almeida Garrett, António Nobre, Raul Brandão, Agustina Bessa-Luís e José Régio”.
E reforça que “este encontro de escritores é uma homenagem à força criativa da nossa literatura através dos diversos prémios literários que atribui”.
Luís Diamantino, Vice-presidente da Câmara e vereador da Cultura, fez questão de oferecer à ministra, entre alguns livros, as revistas Correntes d’Escritas com dedicatória ao escritor Luis Sepúlveda e a Rubem Fonseca, o homenageado deste ano.
A Sessão de Encerramento serviu também para entregar aos vencedores, os vários prémios literários anunciados na Sessão de Abertura do Correntes d’Escritas.
A vencedora do prémio literário Casino da Póvoa, Luísa Costa Gomes, autora do livro de contos ‘Afastar-se’, estendeu os agradecimentos, pelo júri, organização e leitores. Recordamos que foi a primeira vez que um livro de contos venceu este prémio.
Os demais prémios foram entregues a: Fábio André Sobral Casanova, de Beiriz, Póvoa de Varzim, o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha/Correntes d’Escritas, com o conto ‘Um gato sentado à janela’; ‘Quem nasce para cinco nunca chegará a dez’ de Joaquim Lopes da Silva, pseudónimo de Maria de Faria Alpalhão Ribeiro de Almeida, que arrecadou o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Papelaria Locus. Já o Prémio Luís Sepúlveda, resultante da parceria entre o Correntes d’Escritas e a Porto Editora, distinguiu os seguintes trabalhos: O 1º lugar foi atribuído às turmas do 3º e 4º B da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar, pelo conto ‘As Histórias do Jardim’. O segundo lugar foi entregue ao 4º A da mesma escola, pelo conto ‘O Canto dos Pássaros’, e o terceiro lugar ao 4º C da Escola Básica Padre Manuel de Castro, de São Mamede de Infesta, pelo conto ‘Pan, a flauta perdida’.
Se o sonho comanda a vida, o Correntes oferece uma realidade cultural.