Voz da Póvoa
 
...

“Madié” Apresentou-se aos Leitores na Biblioteca Municipal

“Madié” Apresentou-se aos Leitores na Biblioteca Municipal

Cultura | 5 Dezembro 2022

 

A Biblioteca Municipal Rocha Peixoto foi o palco, no sábado, da apresentação de “Madié” o livro de Carlos Mateus. O novo romance foi apresentado pelo poeta Aurelino Costa e pela professora Marta Santos que começaram com uma leitura partilhada de um extrato da obra.

“Esta mesa serve para partilhar que, para além de termos os nossos filhos biológicos também temos estes nossos filhos depois da árvore. Resta-me uma grata alegria de estar com Carlos Mateus, de vivermos e partilharmos a vida em várias variantes e etapas naquilo que foi o nosso crescimento”, disse Aurelino Costa.

E acrescentou: “O Carlos Mateus tem esta dedicação extraordinária de um diálogo com a vida e de nos trazer esta obra que irá desvendar quem é este ‘Madié’, que também se poderia chamar Daniela porque de facto há aqui um fulcro, um epicentro, um certo mundo vulcânico. Longe de o autor pensar que estaríamos numa época, num período histórico triste, que vivemos e temos que tentar superar. Quando estávamos longe da grande loucura, este livro volta-nos a trazer o terrível de hoje, que é a banalização do mal”. Para Aurelino Costa, “é importante questionar quem somos, para onde vamos, é importante que sejamos. Da mesma forma que é importante não desvendar o esqueleto e a substância do próprio livro, mas convido o leitor a fazê-lo”. 

Por seu lado, Marta Santos traduziu a leitura do romance numa obra que “lembra um colar de missangas, uma vez que é composta por várias narrativas encadeadas que compõem os elos deste colar. Durante a leitura. o narrador cria um certo suspense que desperta no leitor a vontade de descobrir o que vem a seguir. Percebe-se mesmo um certo humor fino característico do próprio autor”. A professora lembra que “a figura feminina, Daniela, é retratada por um ser repleto de ternura e que cria empatia, apesar de estar integrada num mundo que nada tem a ver com essas qualidades”. 

Creio que intencionalmente “Madié” criou nesta leitura que segue, um certo desassossego capaz de o levar a ler este romance. 

partilhar Facebook
Banner Publicitário