A beleza das coisas encontra-se muitas vezes na forma como nos chega. O tempo das cartas é outro, sem selo e demoras, pode chegar de um clique. “Sei que é um pouco em cima da hora, mas pode ser útil como notícia, mais local, e ao evento ajudaria na divulgação do trabalho de todos envolvidos”, escreveu a Marta Ferreira.
E acrescentou “Amanhã, pelas 15h, um grupo de teatro amador, de crianças, vai estrear uma peça que foi a adaptação do livro infantil ‘Juca, a laranjeira que queria crescer e voar’, no anfiteatro da Junta de freguesia de Trandeiras (Braga). O livro é de minha autoria, Marta Ferreira”.
O evento será para escolas. Mas pode, dizemos nós acompanhar o seu filho ou filha, o plural serve para os dois.
Este grupo, diz a Marta e faz uma revelação, “já existe há algum tempo e é dirigido pela Marta Alves. Eu e ela temos uma história engraçada”.
Agora só as suas palavras nos interessam ler:
Quando entrei para a escola primária, éramos 3 Martas - 2 Martas Filipas e 1 Marta Liliana (eu). No meu tempo, não se usava muito o apelido, por isso, a professora primária decidiu distinguir-nos da seguinte forma: a mais pequenina ficou Marta (ou Martinha), outra ficou Filipa e a mim tocou-me ser a Liliana.
Eu e a Filipa seguimos ainda por muitos anos de escola juntas, até ao 9º ano. Com a Martinha partilhei escola apenas até ao 4º ano e perdemos contacto.
Ora, quis o mundo que colocássemos os filhos no mesmo jardim-de-infância, mas até só nos demos conta disso, uns bons tempos depois numa festa comum.
Foi um reencontro feliz.
E agora, 33 anos depois de nos conhecermos e de partilhamos as cadeiras pequeninas da escola primária, tenho o privilégio de ver a minha amiga de infância a adaptar o meu livro infantil - Juca, a laranjeira que queria crescer e voar - a uma peça de teatro que irá colocar em cena com o seu pequeno grupo.
Podem saber mais sobre o livro em www.pagina31.pt