A relação que Isabel Lhano tem na sua pintura com os poetas, foi traduzida na primeira vez desta inédita viagem pelos 70 anos de vida, 50 de percurso artístico e 40 anos de exposições individuais.
Ana Deus e Marta Abreu deram voz e música a excertos de Natália Correia, Maria Teresa Horta, entre outras, na performance “Eu fui silêncio” apresentada no Centro de Memória de Vila do Conde, no dia 30 de Setembro, na inauguração da exposição antológica “Império da Beleza” que entretanto com a inauguração no dia 7 de Outubro, no Cine-Teatro Garrett abraçou as duas cidades.
Da gaveta saíram algumas dezenas de desenhos para se explicarem na sua ausência, desta vez na Casa Antero de Quental, em Vila do Conde, que no dia 14 de Outubro, recebeu o terceiro momento da exposição antológica de pintura e desenho de Isabel Lhano “Império da Beleza”, que pode ser visitada até 18 de Novembro. A iniciativa voltou a contar com o Vereador da Cultura, Paulo Vasques.
Entre desenho e obra gráfica, são cerca de 40 obras saídas do imaginário artístico, entre os anos 60 do século passado até aos mais recentes dias. Há também alguns catálogos de exposições, assim como várias capas de livros da sua tinta.
O “Império da Beleza” é para continuar. No sábado, dia 28 de Outubro, o Auditório e o Teatro Municipal de Vila do Conde recebem obras de colecções particulares, cedidas para o momento, e outras da autora dos mil e um afectos que nos fazem escolher o amor e rejeitar desumanidades. Está também previsto o lançamento de um livro antológico intitulado "Isabel Lhano", e a realização de conversas onde a arte e a criação são temas para nos humanizar.
José Peixoto
