Voz da Póvoa
 
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Fundação Gramaxo de Oliveira promove Conferências com Futuro

Fundação Gramaxo de Oliveira promove Conferências com Futuro

Cultura | 22 Outubro 2025

 

O Tempo nunca foi um relógio parado mesmo quando não havia forma de o contar. A Clepsidra criou um espaço-tempo capaz de explicar melhor ou pelo menos ditar um tempo de luz e outro de escuridão, embora os astros, as luas se intrometam sempre com uma certa luminosidade que nos tira da cegueira, da incerteza dos horizontes. Com esta descoberta e tantas outras esperas por um futuro melhor fomos envelhecendo sem perceber que a longevidade nos pode trazer também qualidade.

A complexidade do tempo em quantidade e qualidade traduz-se em construção criativa de uma identidade individual ou colectiva. Somos responsáveis pela evolução, seríamos ainda mais se tivéssemos sempre como parceiro a natureza.
 
Fruto de outras reflexões tentadas e conseguidas, o Presidente da Fundação Gramaxo de Oliveira, Dr. Afonso de Barros Queiroz, promoveu, no dia 20 de Outubro, naquele espaço de cultura em Matosinhos, a Conferência “O Envelhecimento como Oportunidade: Novas Perspectivas sobre o Futuro Demográfico”, tendo como oradores o Professor Doutor Eduardo Duque, Universidade Católica Portuguesa, e a Dr.ª. Conceição Sampaio, Desembargadora na Relação de Guimarães. Ou seja, Presidente e Vice-presidente da Comissão de Protecção ao Idoso, respectivamente.

Percebe-se neste tipo de iniciativas que se pretende promover os direitos das pessoas idosas, mas também dissuadir a ideia de que nos tornamos inúteis mesmo com um arquivo de conhecimento que pode ser aberto à comunidade que por sua vez o pode difundir em prol de toda a humanidade. Por isso, os oradores apresentaram uma análise sociológica no contexto do envelhecimento e a sua evolução. 

Sabemos que se os municípios olharem para o envelhecimento com naturalidade e responsabilidade, as cidades, evoluem no sentido de serem amigas da pessoa idosa. As respostas sociais, saber manter e sustentar a qualidade de vida com boas acessibilidades, quer nos transportes, quer na saúde, podemos envelhecer com dignidade e autonomia.

Ao contrário do que seria suposto pensar, o envelhecimento demográfico pode ser visto como um dos maiores feitos da Humanidade, hoje contamos mais anos de vida e com a qualidade desejada, a medicina acredita sempre.

Aos mais novos deixam o legado de uma origem, de um conhecimento e de uma tradição que nos responsabiliza. Não há futuro sem passado e é no presente que devemos pensar nisso. 

Durante a sessão, como habitualmente todos puderam usufruir de um momento musical interpretado pela Violinista Oksana Kurtash.

Fotos: Rui Sousa

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