Voz da Póvoa
 
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FIS Por Voltar e Apresento-me

FIS Por Voltar e Apresento-me

Cultura | 20 Novembro 2023

 

O FIS - Festival Internacional de Solos, criado em 2015, é o festival íntimo e multidisciplinar da Póvoa de Varzim que se mantém em contínuo movimento, que programa de forma arriscada espectáculos a solo de artes performativas e que há oito anos propõe ao público novas formas de ver e interpretar o que em palco se faz. Um festival que resiste e permanece necessário.

Com circo, dança, música, teatro, performances, instalações e mais recentemente, cinema, oficinas, parcerias, conversas e encontros se tem constituído o FIS. Um festival feito por artistas e para artistas, que se baseia num princípio de liberdade, promovendo a pertinência artística das propostas dentro da diversidade de géneros, formatos e experiências radicalmente distintas tanto culturais como sociais.

Desde 2015, o FIS trouxe à Póvoa de Varzim dezenas de artistas e espectáculos nacionais e internacionais, entre os quais: Labaq (2022), Sara Barros Leitão (2021), Filipe Baptista (2021), André Júlio Turquesa (2019), Surma (2018), B Fachada (2018), Joana Guerra (2017), Joanathan Frau (2016), Xavier Torra (2015), e muitos outros.

Na 8ª edição, o FIS - Festival Internacional de Solos apresenta-se de 23 a 26 de Novembro, com um programa multidisciplinar, artistas nacionais e internacionais e, pela primeira vez, um programa paralelo de workshops e a integração de actividades e performances em parceria com agentes culturais da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
Para além do habitat natural no Cine-Teatro Garrett, este ano, o FIS revisita outros espaços da cidade, como o Diana Bar ou a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. 

O festival arranca com a exibição do filme “Os Filhos de Isadora” (2019), do francês Daniel Maniven, uma sessão a acontecer no Cine-Teatro Garrett, em parceria com o Cineclube Octopus. No dia seguinte, a voz e o teclado de Verde Prato (Ana Arsuaga), invadem a sala principal do Cine-Teatro Garrett, às 21h00, para um concerto onde a artista apresenta o seu último álbum, “Adoretua”. Pelas 22h15, é Adrián Vega quem sobe ao subpalco para apresentar “Los Lunares del Puma”, um espectáculo de dança no qual o artista catalão aproveita a proximidade da digitalização para explorar o virtual e o real numa convergência de estímulos.

No terceiro dia, às 18h00, a companhia teatro da Palmilha Dentada leva até à sala de ensaios o espectáculo de marionetas “Guardião do Rio”, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Às 21h00, Ivo Nicolau apresenta “Oqnepomnozcanc: O Que Não Era Para O Manel, Nem O Zé Comeu, Aliás Ninguém Comeu”, num espectáculo “de cépticos para cépticos”. A fechar a noite, às 21h50, Joana Couto traz emoção, contraste e mudança com o projecto de dança “Sinto muito”. No final da sessão, uma conversa e apresentação do livro-arquivo “Sinto muito”.

Circo, teatro e música encerram o FIS no último dia, às 16h00, o Festival viaja até ao Diana Bar, onde a espanhola Àfrica Llorens nos apresenta “FORADADA”: um corpo desconfortável, cestos de vime, acrobacias e pele. Às 18h00, é a vez de Joana Pupo / Mente de Cão apresentar a peça de teatro interactiva “Todas as Coisas Extraordinárias”, criando um encontro com o público, para falar sobre temas delicados, com sensibilidade e humor: relações, morte, crescimento, emoções, esperança, depressão e suicídio. O espectáculo acontece na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. A encerrar a 8ª edição do FIS, o músico EU.CLIDES apresenta “DECLIVE”, o álbum que reflecte “o período de resgate dos valores primordiais do amor, da amizade, da espiritualidade e do regresso a uma paixão novamente infantil pelo fazer música”.

Por: Filipa Guimarães

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