A exposição “Trabalhadores Forçados Portugueses no III Reich” foi inaugurada a 16 de Setembro, na Fundação Gramaxo de Oliveira, em Matosinhos. A mostra, originalmente criada pelo Instituto de História Contemporânea (IHC) para o Centro Cultural de Belém, em 2017, aborda o tema dos portugueses que foram sujeitos a trabalhos forçados durante o sistema concentracionário do III Reich (1939-1945).
A investigação internacional, realizada por uma equipa do IHC da Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, sobre os portugueses que se viram envolvidos no recrutamento para o trabalho forçado e nos campos de concentração do III Reich, desvendou caminhos que levam a afirmar que muitos portugueses não ficaram incólumes ao conflito, apesar de Portugal ter-se assumido como um país neutro na II Guerra Mundial. Os materiais expostos resultam da investigação realizada por uma equipa liderada por Fernando Rosas que, desde 2014, procura estudar as vítimas portuguesas do nazismo.
Um dos núcleos da exposição tem uma componente regional e é dedicado a portugueses que a investigação revelou terem sido vítimas directas do nazismo. Entre os trabalhadores portugueses identificados no decurso da pesquisa, um número assinalável é oriundo de concelhos do norte do país.
No dia 2 de Outubro, pelas 18h00, a convite do Presidente da Fundação, Dr. Afonso de Barros Queiroz, haverá lugar a uma conferência “As Lições da Segunda Guerra Mundial num Mundo Fraturado”, proferida pelo ensaísta Álvaro de Vasconcelos, Fundador do Fórum Demos.
Como habitualmente, haverá um momento musical pela violinista Oksana Kurtash que irá interpretar: A Lista de Schindler de J. Williams; Melody de M. Skoryk e Nigun de E. Bloch.
No final será ser4vido um Porto de Honra.
Recordamos que a exposição está aberta ao público até 18 de Outubro, de terça-feira a sábado, das 15H00 às 19H00, na Fundação Gramaxo de Oliveira, rua Brito Capelo, nº 548, Matosinhos.
Saiba um pouco mais sobre Álvaro de Vasconcelos, que foi fundador do Fórum Demos, e deteve a Cátedra José Bonifácio da Universidade de São Paulo (2023/2024).
“Viveu no exílio, em Bruxelas e Paris, de 1967 a 1974, tendo frequentado a Escola de Cinema (INSAS) e fundado o jornal o Salto. Foi fundador e director do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais e director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia. Autor de ‘De Trump a Putin: a guerra contra a democracia’, Edições Afrontamento, 2023. O seu último livro intitula-se ‘Memórias em tempo de Amnésia: exilo sem saudade’, Edições Afrontamento, 2023”.