Voz da Póvoa
 
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Exército de um homem só

Exército de um homem só

Cultura | 20 Março 2025

 

Que glórias pensas que alcançarás, com essa revolta, irmão de alma?

As adagas que brandimos uns contra os outros voltam-se contra nós mesmos, a perfurar a nossa pele e rasgar a nossa sanidade!

Vens até mim a vociferar maldições e balbuciar dissabores à humanidade que nos cerca, como se realmente partilhasse-mos da perfeição dos deuses, sem perceber que a insanidade é o preço que pagamos por tal desacato!

Apenas a tolerância pode nos redimir da soberba que ostentamos ao enxergar além dos outros…

Quem julga que somos ao renegar a imperfeição e os pecados?

Ao tentar despir-se do mundano que está entranhado em nós?

Acaso não sentes fome e a sede não te assalta, quando o vinho escasseia ao final da noite longa?!

A compaixão é a dádiva que devemos ao mundo, nossa missão é partilhar o pão, ainda que não partilhemos da mesma mesa.

Somos todos um, ou assim deveríamos ser, pelo bem dessa raça irresponsável e imatura que brinca aos soldados e à criação.

Pouse as adagas, irmão de armas, e siga o fluxo que a todos conduz.

O maior escudo é a palavra que cala!

 

Maria Luiza Alba Pombo

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