Que glórias pensas que alcançarás, com essa revolta, irmão de alma?
As adagas que brandimos uns contra os outros voltam-se contra nós mesmos, a perfurar a nossa pele e rasgar a nossa sanidade!
Vens até mim a vociferar maldições e balbuciar dissabores à humanidade que nos cerca, como se realmente partilhasse-mos da perfeição dos deuses, sem perceber que a insanidade é o preço que pagamos por tal desacato!
Apenas a tolerância pode nos redimir da soberba que ostentamos ao enxergar além dos outros…
Quem julga que somos ao renegar a imperfeição e os pecados?
Ao tentar despir-se do mundano que está entranhado em nós?
Acaso não sentes fome e a sede não te assalta, quando o vinho escasseia ao final da noite longa?!
A compaixão é a dádiva que devemos ao mundo, nossa missão é partilhar o pão, ainda que não partilhemos da mesma mesa.
Somos todos um, ou assim deveríamos ser, pelo bem dessa raça irresponsável e imatura que brinca aos soldados e à criação.
Pouse as adagas, irmão de armas, e siga o fluxo que a todos conduz.
O maior escudo é a palavra que cala!
Maria Luiza Alba Pombo