Voz da Póvoa
 
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Esculturas e Procuras na Ortopóvoa

Esculturas e Procuras na Ortopóvoa

Cultura | 31 Outubro 2019

Não foi ontem, contam-se já seis anos desde a primeira. Por isso, “Esculturas e Procuras” de Helena Fortunato, que nasceu em Pombal, oficializam a 21ª exposição de arte na Galeria Ortopóvoa.

“Esculpir é jogar com a luz e a sombra, com a textura, com a cor, com o movimento e o som. Esculpir é agarrar a vida e sentir-se renascer. Esculpir é eternizar”, escreveram as mesmas mãos que esculpiram a mostra de trabalhos que pode conhecer ou revisitar nos próximos três meses.

Para Helena Fortunato, esta é uma exposição de afectos: “Sou amiga de longa data do professor Afonso Pinhão. É o meu maior colecionador de arte e há muito tempo que me vinha a convidar a expor. Uma exposição de pintura é diferente de uma exposição de escultura, a todos os níveis. É o tempo, os gastos, uma logística maior. Por esta razão ou por aquela só agora se conjugou a possibilidade de expor. Temos aqui esculturas mais antigas e outras mais recentes com técnicas que tenho explorado. No fim de contas, vou actualizando, vou fazendo e vou acrescentando. Estou muito orgulhosa e satisfeita”.

“As esculturas expostas da Helena Fortunato são assinaturas opostas ao artesanato, não fora o facto de as obras materializarem sabedoria para além de simples mestria”. É desta forma que Afonso Pinhão Ferreira assina o texto que abre o excelente catálogo da exposição.

O director da Galeria Ortopóvoa diferencia a escultura do trabalho do artesão: “O artesanato não materializa a sabedoria, mas o jeito, por isso não é só a mestria que está aqui. É a mestria com a sabedoria. Trata-se de uma pessoa formada em Belas Artes. Não significa que não possa haver autodidatas na arte. Temos é que saber procurar o conhecimento. Esta exposição tem duas partes essenciais, uma mais conservadora do trajecto escultórico da escultora e uma mais moderna, de procura. Por isso é que se chama Esculturas e Procuras”.

A curadora Isabel Patim sublinha que esta exposição reitera a aposta e o contributo que a clínica tem dado para a actividade cultural da cidade da Póvoa. “São os afectos visíveis, mas também há na obra escultórica, que podem observar, histórias de vida, de sentimentos, de mensagens, de afectos materializados na obra em bronze, e mais recentemente nas suas últimas experiências escultóricas. A mulher na sua plenitude, como mãe, filha, menina, amante, nas suas diferentes fases da vida. É o que Helena Fortunato reúne aqui nas cerca de 30 obras”, conclui.

O presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, também fez questão de sublinhar a importância da galeria: “É uma oportunidade para o utente da Ortopóvoa, mas também para qualquer apreciador de arte. É bom poder contar com um mecenas como o Pinhão Ferreira, que nos dá a todos a oportunidade de conviver com um conjunto de artistas e de peças de arte que de outra forma não seria possível. Está por isso de parabéns pelo empenho e dedicação à cultura e à arte”.

Na galeria Ortopóvoa e durante os próximos três meses pode encontrar histórias para ler com o seu olhar.

 

 

 

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