O programa do XVI Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates foi apresentado, no dia 29 de Abril, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de São Pedro de Rates. Durante o mês de Maio, aos fins-de-semana, todos os caminhos vão dar a Rates, onde a música sacra é anfitriã de um ciclo de cultura que nos últimos dois anos, devido à pandemia se silenciou na espera.
A organização do evento promete um regresso de qualidade, uma normalidade conseguida ao longo do seu trajecto cultural. “Não foi fácil esta espera. No início do ano ainda não sabíamos se seria possível realizar o evento. Quando as restrições pandémicas aliviaram, começámos a delinear o programa que tem por base o que estava pensado para a edição de 2020. Vamos ter um mês repleto de fins-de-semana musicais e uma formação, mas o ciclo é todo ele formação e cultura. Temos no concelho, gente com provas dadas na música e vamos iniciar o Ciclo com grupos corais paroquiais dos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde”, revelou Abel Carriço, director artístico do Ciclo de Música Sacra.
E concluiu: “Estamos a construir a história da Música Sacra na Igreja Românica de Rates. Não tenho dúvidas que ao longo dos séculos, muitos coros passaram por esta igreja e nós demos-lhe continuidade. O Ciclo dignifica São Pedro de Rates e a sua história cultural e musical”.
Por seu lado, a presidente da Associação Melodiartes, Manuela Craveiro, sublinhou que pela importância que o Ciclo representa para Rates, “nunca podia ser deixado para trás porque é e deve ser uma marca de orgulho Ratense. A programação foi pensada cuidadosamente para ser a melhor possível, ainda que menos rica, pela ausência da habitual conferência do nosso saudoso amigo José Maria Pedrosa que, faleceu no ano passado”.
Quem também marcou presença na conferência, foi o Padre Manuel Sá Ribeiro que destacou a parceria “feita entre a direcção da escola de música Melodiartes e a paróquia, sobretudo através do conselho Pastoral Paroquial. Reservamos a Igreja e damos todo o apoio que nos é possível. Sinto uma grande ansiedade e uma necessidade. Havia um vazio que foi criado pela pandemia. Gosto muito de boa música. Reconheço que a música clássica ainda não entra na maioria das pessoas, mas acredito que há paroquianos que vão assistir. Se cada um de nós for um bocadinho apóstolo na transmissão, no convite, se cada um trouxer mais um, seremos muitos”.
Para o Presidente da Junta de São Pedro de Rates, Paulo João, “é sempre bom ter por cá a imprensa que pode levar mais longe todo o esforço que fazemos para que o Ciclo de Música Sacra nos mereça a todos. Esperamos nesta XVI edição que o público corresponda às expectativas comparecendo em maior numero. A divulgação deste evento é muito importante para que possamos chegar cada vez mais longe e trazer mais pessoas aos recitais. Agradeço também ao Abel Carriço, à Melodiartes, ao Padre Sá Ribeiro que nos permite usar a Igreja Românica de Rates, à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e ao Turismo de Portugal”.
Na programação está prevista a participação de outros coros poveiros e de outras terras, sendo que alguns participam pela primeira vez. O XVI Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates tem início no sábado, 7 de Maio. Entre as 09h00 e as 17h00, haverá uma formação de Música Sacra com os professores Sandra Azevedo (canto) e José Carlos Azevedo (órgão). A partir das 21h30, realiza-se o Encontro de Coros Paroquiais ‘A Música Litúrgica no Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim’, com a participação do Grupo Coral Paroquial de Caxinas, do Grupo Coral Paroquial da Lapa, do Grupo Coral Paroquial de Junqueira, e do Grupo Coral Paroquial de Rates.
No domingo, 8 de Maio, pelas 17h30, realiza-se o concerto ‘A Música um caminho… para a paz’, com a participação da soprano Maria João Matias, baixo/barítono Rui Silva, do Coro Juvenil Pró-Música e Coral ‘Ensaio’, e da Sinfonieta Pró-Música, com a direcção musical do jovem Tiago Carriço.
Este é o primeiro de quatro fins-de-semana do mês de Maio, que confirmam São Pedro de Rates como a Capital da Música Sacra.
