Voz da Póvoa
 
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É-Aqui-in-Ócio apresenta “O Ser Humano e os outros Seres, Humanos”

É-Aqui-in-Ócio apresenta “O Ser Humano e os outros Seres, Humanos”

Cultura | 2 Setembro 2021

O Festival Internacional de Teatro criou hábitos de rua e viagens por outros palcos da Póvoa de Varzim, mas desta vez, limitações pandémicas obrigaram É-Aqui-in-Ócio a não sair do Cine-Teatro Garrett, entre os dias 22 de Setembro e 2 de Outubro. Do longe, foram buscar para reflexão do público “O Ser Humano e os outros Seres, Humanos” a inclusividade, a acessibilidade e a sustentabilidade, como preocupação.
 
A apresentação da Edição XI do Festival pelo Varazim Teatro, aconteceu no palco, onde a maioria dos espectáculos irá realizar-se, e contou com a presença de Luís Diamantino, Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal.

É-Aqui-in-Ócio Festival Internacional de Teatro nasceu em 2007 e mereceu a partir daí o apoio do Município. Esta edição que esteve sempre na inquietude do existir ou não, devido à pandemia, concretiza-se através do apoio sustentado bienal atribuído à Varazim Teatro para 2021/22. Conta pela primeira vez, e com inteira justiça, com o apoio do Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes.
 
No dia do equinócio a 22 de Setembro, sobe ao palco “Damas da Noite, Uma Farsa de Elmano Sancho”, que identidade temos, qual assumimos, quem somos, homem ou mulher, actor e personagem. A sociedade continua a trocar o amor e a felicidade por ensurdecedores silêncios.
Dois dias depois, Semente “o homem que plantava árvores”, pelo Ajidanha, um espectáculo com tradução para língua gestual portuguesa e audiodescrição. A ideia não passa por plantar uma árvore, escrever um livro e ser pai ou mãe de um filho, mas pela capacidade que o ser humano tem de transformar e influenciar. Jean Giono, um homem simples, reflorestou sozinho o impensável numa região inóspita e árida de França.
 
Um outro espectáculo integrado na questão da acessibilidade é “Jojo” que sobe ao palco no dia 1 de Outubro. É uma proposta cénica de poesia visual sem texto e que terá Audiodescrição. “Antes da abertura da sala ao restante público, está previsto que as pessoas com deficiência visual, que assim o desejem, possam fazer uma visita ao palco, para fazerem o reconhecimento do espaço cénico e terem um conhecimento prévio das personagens através do contacto com os actores. Nestes espetáculos, serão colocadas à disposição do público, folhas de sala em Braille”, pode ler-se na descrição que a organização faz da peça.

São 9 os espectáculos direccionados para as famílias. Destacar espectáculos, no caso não é diminuir nenhum outro, mas apenas lembrar que no dia de aniversário do Varazim Teatro, 25 de Setembro, a noite começa com “De Risa en Risa”, por Aziz Gual, um extraordinário palhaço mexicano que descobriu o caminho misterioso do riso e da alegria, e encerra com “Recanto”, um duo com paixões musicais antigas para um público com ouvidos modernos. No dia 28 de Setembro “100 C@ras” pela Krisálida. As redes sociais que funcionam pelo toque afastam-nos da pele do outro. Uma imagem tem sempre mais informação do que aquela que pensamos que estamos a mostrar e o resultado pode ser desastroso. É uma aposta de Eduardo Faria, programador do Festival e presidente da Varazim Teatro: “Precisamos sempre arriscar, ir mais longe, procurar o raro, que nos explique, que nos interrogue. É importante que o cidadão comum olhe para estas questões”.
 
E acrescenta: “As questões de género são abordadas em alguns espectáculos, onde há muita diversidade de questões. É necessário começarmos a sensibilizar as pessoas para essas diferenças. Só as compreendendo, será possível que a sociedade se torne mais inclusiva e as possa aceitar. Faz também todo o sentido falar neste festival, das questões da preservação e de sustentabilidade dos ecossistemas”.

Joana Sousa e Joana Soares explicaram como comunicar ou porquê interrogar.

Há outros espectáculos e manifestações paralelas, como o filme a exibir pelo Cineclube Octopus - Family Romance LLC, de Werner Herzog. Também poderá olhar uma exposição do fotógrafo Alfredo Cunha “A Mulher na Geo Morfologia Cultural e a Cultura na Geo Morfologia da Mulher”. Há também Mesas de Reflexão, que não debatem, conversam porque é a conversar que nos entendemos.

Esteja atento, consulte o programa do festival, saiba onde pode adquirir os bilhetes e dê uso útil ao seu Smartphone. Depois, faça o mesmo com o seu tempo porque se não o tem, não existe.

Qualquer informação adicional, pode encontrar em: www.varazimteatro.org

 

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