Voz da Póvoa
 
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De Tão 'Leve' Voou Pelas Lendas e Lugares

De Tão 'Leve' Voou Pelas Lendas e Lugares

Cultura | 14 Dezembro 2022

 

Há sábados assim, com livros livres, leves. Quem passou pela Biblioteca Municipal Rocha Peixoto sentiu-se Leve – o que o tempo não leva – e levou na asa para casa, “rodopiou em via pública, embalada pela sinfonia estridente e descompassada das buzinas e dos motores, a sentir o vento lhe beijar a face, o cheiro da primavera a florir e o açoite gelado da chuva que caía, pesada, sobre ela, enquanto agradecia a Inspiração que ao tranquito retornava, colorindo a copa das árvores e descongelando o seu coração." Escreveu Maria Luiza Beck Pombo no seu livro “Leve” que foi lançado no dia 10 de Dezembro, para uma pequena mas interessada plateia.

Na mesa ninguém escalpelizou o sentir do texto, da crónica, do conto biográfico da escritora que nasceu do outro lado do atlântico, em 1981, na cidade de Cruz Alta, terra do escritor Érico Veríssimo, Rio Grande do Sul, Brasil, mas radicada em Portugal há 15 anos, actualmente a viver em Aver-o-Mar. Assistiu-se, antes, a uma conversa entre a escritora, o poeta Aurelino Costa e José Peixoto, que das cordas da guitarra retirou, sempre que do livro se abeiravam, as harmonias que dialogaram com as leituras que os dois primeiros fizeram. 
 
O que encontra em “Leve – o que o tempo não leva” é uma selecção de histórias publicadas neste jornal ao longo dos últimos três anos, em ‘Turistando Lendas e Lugares’, onde celebra a poesia simples da vida quotidiana e a complexidade da alma humana, com o seu linguajar “gaúcho-lusitano” e os relatos acerca das tradições de um Brasil ainda pouco conhecido pelas bandas de cá. É deste encontro que se constrói toda a literatura, toda a humanidade.

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