Polémico ou apenas e só literatura. Depois de algumas peripécias noticiosas que inquietaram mais o futuro leitor que o criador Germano Almeida e os conhecidos personagens, o romance foi apresentado ao final da tarde do dia 4 de Abril, na biblioteca Diana Bar, na presença do escritor e de Luís Diamantino, Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal.
“Este livro é também uma promoção da Póvoa de Varzim. Aqueles que habitam as Correntes é como se estivessem a vivê-las ao lerem este romance”, revelou o Vereador da Cultura. Além de tantos nomes de escritores que vão passando no encontro literário, “o próprio Germano retrata-se no livro. Há frases que vão de encontro a momentos que todos nós vivemos nas Correntes. Ir escavar arqueologicamente o que já desapareceu e que volta na voz de Aurelino Costa e de outras vozes. É uma ideia muito original que o nosso amigo Germano Almeida consegue no livro, fazer umas novas Correntes d’Escritas”.
Onde o ouvir bem os outros se fez romance, mas também o bem servir surge em ementa de pratos saboreados em restaurantes locais. Germano Almeida esteve na primeira edição do Correntes d’Escritas “Terei falhado umas quatro ou cinco edições” e sublinha que “os escritores são todos tratados do mesmo modo”.
O escritor cabo-verdiano revelou na apresentação do seu mais recente livro ‘Crime nas Correntes d’Escritas’ que “as frases atribuídas aos escritores são mesmo deles, frases que ouvi e registei. O José Carlos Vasconcelos, o Manuel Valente e outros, tentei aproximar-me do que eles são”. E concluiu dizendo que, “este é um livro que escrevi por amizade a pessoas que muito contribuíram para aquilo que eu sou. Conhecer as pessoas é conhecer o mundo”.
Por José Peixoto