“Vou-te contar uma história, Paula”, na verdade, vou-te avivar a memória. Não te vou contar apenas uma, mas várias histórias que vivemos e que, sem dúvida contribuíram para que eu tivesse uma grande admiração por ti”. Estas palavras de Agostinho Santos, abrem o prospecto que acompanha a exposição colectiva inaugurada no dia 5 de Novembro n’A Filantrópica, intitulada ‘Adieu’ – Histórias para Paula Rego, em homenagem à artista portuguesa mais premiada internacionalmente.
Com curadoria de Ana Romero, a colectiva apresenta obras de Rosa Bela Cruz, Nuno Mendanha, Maria do Carmo Vieira, Manecas Camelo, Ana Paula Lima, Luís Silva, Inês Rocha, Carlos Góis Pino, Renata Carneiro, Jorge Marinho, Gina Marrinhas, Agostinho Santos, Carla Maciel, Afonso Pinhão Ferreira, Isabel Babo e Ana Romero.
Paula Rego nasceu a 26 de Janeiro de 1935, em Lisboa. O fascínio pelo desenho e o seu embrionário talento foi reconhecido pelos professores da St. Julian’s School, que frequentou ainda criança em Carcavelos. Aos 17 anos, mudou-se para Londres, para estudar na Slade School of Art. Aí conheceu o pintor britânico Victor Willing, com quem se casou em 1959 e pincelou na carne três filhos.
Entre muitos outros, recebeu o Prémio Turner em 1989 e o Grande Prémio Amadeo de Souza Cardoso em 2013. Foi agraciada pela Rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico, com o grau de oficial pela sua contribuição para as artes, em 2010, e recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal, em 2019. Partiu aos 87 anos para a eternidade, a 8 de Junho de 2022.
A exposição colectiva de artes plásticas ‘Adieu’ – Histórias para Paula Rego, pode ser visitada até 31 de Dezembro, de segunda a sexta-feira, das 15 às 19 horas.
Fotos: Rui Sousa
