Voz da Póvoa
 
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Cine-Teatro Garrett Dez anos depois da Requalificação

Cine-Teatro Garrett Dez anos depois da Requalificação

Cultura | 21 Junho 2024

 

A mais antiga sala de espectáculos da Póvoa de Varzim foi celebrada pela sua segunda vida. Nasceu Teatro Garrett em 1890, mas quando o cinema ganhou espaço, passou a chamar-se Cine-Teatro Garrett. Nas últimas décadas do século XX e inícios do século XXI, assumiu projectar mais cinema que apresentar teatro, até que encerrou e foi adquirido pela Câmara Municipal, tendo sofrido uma requalificação que o fez voltar a um espaço e tempo novo.
 
No dia 14 de Junho, completou uma década de histórias com arte. Um tempo em que recebeu todo o tipo de espectáculos musicais onde se incluem orquestras, bandas de música e folclore, mas também teatro, teatro revista, ballet, dança ou artes circenses. Os novos espaços criados deram também lugar a Instalações e exposições de pintura, escultura, fotografia e outras.

Numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal em conjunto com a Orquestra de Câmara Portuguesa, a data foi assinalada com actuações musicais fora de portas, com um trio musical a visitar algumas instituições de solidariedade social, entre as quais o Centro Ocupacional da Lapa (COL), onde apresentaram aos mais experientes anos de vida, um reportório musical muito diferenciado. Houve ainda tempo para uma troca de partilha de ideias com os músicos.

Com o dia a tardar, no Largo David Alves, uma Orquestra Participativa formada por músicos e não músicos, profissionais e amadores, alunos e entusiastas, de todas as idades, que nela quiseram participar com os seus instrumentos e a sua voz, se apresentou a obra Meditação de Pedro Carneiro. “Meditação é uma partitura em texto, concebida por Pedro Carneiro, que vai buscar inspiração às peças inclusivas e de consciência cívica de Markus Stockhausen e às obras comunitárias de David Lang, mais especificamente à partitura crowd out, para 1000 pessoas aos gritos (2014)”.

Cine-Teatro Garrett ou uma memória com 134 anos. Mesmo quando encerrado à espera de sair da inércia dos seres pensantes, nunca deixou de inspirar vontades de o ouvir respirar. 

Por: José Peixoto

Fotos: JCM/cm

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