Para celebrar os 51 anos do 25 de Abril, a 5ª edição do COR(P)O METROPOLITANO contou com mais de 2.400 pessoas no Coliseu Porto Ageas para ouvir um coro com mais de 400 vozes vindas dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP). Sob o mote “Abril, em abril”, o concerto reuniu em palco diferentes comunidades numa viagem sonora pelo legado dos canta-autores da Revolução dos Cravos, numa evocação da rádio e da sua importância nessa madrugada de 1974.
Com direcção musical de André NO e dos músicos Aleksandar Carić, André Nunes, Inês Lapa, Isabel Rodrigues, Fátima Neto, Marisa Oliveira e Miguel Fernandes, esta iniciativa resulta de um trabalho em rede e envolvimento de dezenas de agentes culturais, técnicos e músicos locais, desenvolvido ao longo de meses de residências artísticas nos 17 municípios da AMP.
“Julgo que o que mostrámos em palco vai além da sua dimensão musical e de espetáculo – foi uma celebração da democracia. O COR(P)O METROPOLITANO é antes de mais, um espaço onde cada pessoa traz consigo o seu lugar, a sua história e as suas memórias, e de onde partimos para construir juntos”, afirma Mauro Rodrigues, responsável pela Direcção Criativa e Coordenação do projecto.
“Este é um projecto que aponta, desde a sua concepção em 2021, a direcção que queremos continuar a seguir, por caminhos rasgados a várias mãos, rumo a futuros plurais, diversos, inclusivos e abertos, onde todas as vozes se podem fazer ouvir e ser coro”, conclui Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente do Conselho Metropolitano do Porto.
Inspirado pelos princípios da Carta Metropolitana para a Cultura 2023-2028 – um instrumento estratégico que promove a participação e a cidadania culturais na AMP –, o COR(P)O METROPOLITANO assume-se como um projecto artístico e comunitário que promove a participação activa e reforça o sentimento de pertença a um território comum. Desde a sua estreia em 2021, tem vindo a percorrer os palcos de Espinho, Paredes e Porto, dando origem a espectáculos que entrelaçam património, identidade e memória colectiva, nascidos de processos de criação artística com as comunidades locais.
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