Voz da Póvoa
 
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Casa da Música no Palco com Artistas do MAPADI

Casa da Música no Palco com Artistas do MAPADI

Cultura | 15 Março 2023

 

Em parceria com a Casa da Música, nos dias 9 e 12 de Março, os utentes do MAPADI – Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual, participaram no concerto com a comunidade, no Cine-Teatro Garrett.

Os artistas desta instituição tiveram uma excelente performance em palco no espectáculo ‘Holograma’, onde desafiaram os limites e diminuíram as diferenças. A memorável experiência deixou no ar a vontade de repetir.

A história conta-nos que, foi um grupo de pessoas, pais de filhos iguais nas diferenças, que ergueram uma ideia e fundaram a 6 de Novembro de 1976, o MAPADI. A finalidade mantém-se, passados 46 anos, apoiar crianças e jovens com deficiência mental do concelho da Póvoa de Varzim. O projecto tornado realidade foi engrandecido, mais tarde com a construção de um Pólo na Freguesia de Terroso, onde funciona o CAO – Centro de Actividades Ocupacionais, Lar residencial, residências autónomas e o CEP – Centro de Emprego Protegido.

A obra foi levada a bom porto pelo dinamismo de Aparício Quintas, fundador e Sócio Honorário da instituição, que nos deixou em Setembro de 2022, aos 96 anos.

O actual presidente do MAPADI, numa entrevista a este jornal (25-11-2020), recordou a memória de uma fundação de referência: “Após o 25 de Abril de 1974, fruto das circunstâncias, a revolução trouxe consigo a problemática da deficiência. É nessa altura que nascem os movimentos associativos. O MAPADI não foge à sua história e em 1976, funda esse movimento preconizado por três médicos que criaram essas reuniões, onde um grupo de pais se lançaram e criaram em Abril de 1979, uma primeira estrutura em instalações alugadas na Senhora de Belém, na Giesteira. Fiz parte desse início, onde 30 alunos estavam em escolaridade. Na altura, as escolas não tinham resposta para os cidadãos com deficiência. Esse foi o embrião do MAPADI. Quando integrei a direcção, estávamos já num processo de procura de respostas na continuidade da escolaridade. Os alunos ao completarem 16 anos, a escolaridade obrigatória, precisavam dar o passo seguinte. Daí a necessidade de criar esta estrutura, onde estamos, que foi construída na década de 80 e inaugurada em 1990. Nas novas instalações, passámos a ter formação profissional pós-escolaridade em quatro áreas, para 30 utentes. Depois dos 16 anos, aqueles que não podiam fazer uma formação profissional, iam para o Centro de Actividades Ocupacionais. Na altura, tínhamos 65 alunos da escolaridade, 30 na formação profissional e 30 nas actividades ocupacionais”.

Fotos: MAPADI

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