Voz da Póvoa
 
...

Biblioteca Municipal Celebrou Aniversário com Poesia

Biblioteca Municipal Celebrou Aniversário com Poesia

Cultura | 11 Dezembro 2025

 

Foram muitas as actividades que marcaram o 34º aniversário da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, no dia 29 de Novembro, um dia antes das velas se acenderem. A Oficina Cuidar dos livros foi a primeira iniciativa que se apresentou no saber e no trabalho das mãos. Seguiu-se a apresentação do livro infantil “Unidos pela Diferença” de Lívia Bueno e Letícia Machado, e por último “dois passos depois da Araucária” um espectáculo poético-musical pelo Colectivo Silêncio da Gaveta.

O reencontro entre a voz de João Rios e a guitarra e harmónica de José Peixoto foi uma dedicatória ao ofício cantante da palavra poética. You are welcome to elsinore – Mário Cesariny; Sobre dois falecidos que trago nos bolsos – João Rios; Pastelaria - Mário Cesariny; O poema pouco original do Medo – Alexandre O`Neill; Devia olhar o rei – Ana Paula Tavares; Ilha – David Mourão Ferreira; Não sei como dizer-te – Herberto Helder; Ao sol + Ao lado – Joaquim Castro Caldas; Quadrilha + Ele e Ela – Carlos Drummond de Andrade e Alexandre O`Neill; Poema do Amor – António Gedeão; O poeta em Lisboa – António José Forte; Walking Around – Pablo Neruda, e Cântico Negro – José Régio, numa travessia pela incontornável liberdade criativa.

Mas, a melhor homenagem à casa dos livros escreveu o seu antigo director, Manuel Lopes: Alice abriu logo a porta e viu que dava para um corredor pouco maior do que o buraco de um rato: ajoelhou-se e espreitou para o buraco e viu, no fundo, o jardim mais lindo que se pode imaginar.

“Como a Biblioteca, nenhum outro universo possui esta magia. Uma grandeza incomensurável que se não descobre à primeira vista. Nela tudo são escalas e dimensões aparentes. Ninguém imagina o lado de dentro quando olha apenas o lado de fora. Por vezes, basta espreitar um pouco, como fez Alice. Um breve olhar e, logo o que estava contraído, dilata-se até ao infinito dos desejos e dos sonhos. Tudo parece estar ali. Mesmo o que não suspeitávamos sequer existir. As palavras e os sons. Os gestos e as imagens. [...]

Fazemos e bem em seguir o conselho de Ítalo Calvino: leitor, é tempo de a tua agitada navegação encontrar um cais. Que porto pode acolher-te com mais segurança do que uma grande Biblioteca?”

Fotos: Rui Sousa

partilhar Facebook
Banner Publicitário