
Poeta, filósofo e revolucionário, Antero de Quental (1842-1891) é um dos espíritos mais elevados da nossa História (e não só...). Promotor das "Conferências do Casino" e membro do grupo "Vencidos da Vida" com Eça de Queiroz, Oliveira Martins e outros, Antero foi também fundador do Partido Socialista Português (que nada tem a ver com o PS actual...) com Azevedo Gneco e José Fontana, que professava ideias mais próximas dos anarquistas Proudhon e Bakunine do que de Marx e Engels.
Agitador profissional já nos tempos da Universidade de Coimbra, Antero de Quental é açoriano de nascença mas mantém Casa em Vila do Conde, onde viveu vários anos. Defensor da revolução enquanto arte e justiça e da União Ibérica, o poeta integrou a secção portuguesa da 1ª Internacional (Associação Internacional dos Trabalhadores, fundada em 1864), colaborou e fundou diversos jornais e revistas e publicou os livros "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares" e "O Programa de Trabalhos para a Geração Nova" e os célebres poemas "Mors-Amor", "Os Cativos", "Os Vencidos", "Entre Sombras", "Fada Negra", "Palácio da Ventura", "Cavaleiro Andante", entre muitas outras obras. Desiludido com tudo, viria a suicidar-se em Ponta Delgada em 1891.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, poeta e pensador