Voz da Póvoa
 
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Aires Pereira Reforçou Laços Junto da Diáspora Poveira no Brasil

Aires Pereira Reforçou Laços Junto da Diáspora Poveira no Brasil

Cultura | 13 Fevereiro 2020

Preocupado com o futuro da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, a mais antiga casa da diáspora poveira espalhada pelo mundo, detentora de um património material e imaterial com 90 anos, o Município da Póvoa de Varzim continua disponível para apoiar a colectividade carioca, o cantinho poveiro em pleno coração da Tijuca.

O presidente Aires Pereira fez questão de marcar presença no 90º aniversário da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro e transmitir a vontade do Município da Póvoa de Varzim em salvaguardar o futuro e preservar o legado daqueles que há muitas décadas deixaram a sua terra natal em busca de uma vida melhor. “A Casa dos Poveiros está a atravessar um momento muito difícil. Os poveiros ainda vivos têm já uma idade muito avançada e o futuro passa, naturalmente, por brasileiros que se identificam com a nossa cultura e que demonstram vontade em dar continuidade a um património com 90 anos. O bonito palacete da Rua do Bispo, a actual sede, está muito degradado e necessita de obras de conservação. Portanto, a minha ida ao Rio de Janeiro teve o objectivo de transmitir o apoio do Município da Póvoa de Varzim e procurar assegurar o futuro da instituição. Encetei alguns contactos e penso ter sido encontrada uma solução”, referiu Aires Pereira.

O autarca abordou a necessidade de a Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro ser autossuficiente: “É um edifício grande, que está dotado de várias valências, como uma piscina, um salão e um ginásio. A casa tem vários funcionários, consome muita energia e tem despesas que precisam ser asseguradas, daí a necessidade de rentabilizar o espaço, através de uma visão mais empresarial e de maior abertura à comunidade. A minha principal preocupação é a preservação daquele enorme património. E não me refiro apenas ao património físico, mas sobretudo ao património cultural e ao legado dos muitos poveiros que ao longo da sua vida contribuíram para que aquela casa existisse. Seria uma perda enorme se todo aquele património desaparecesse ou se a cultura poveira deixasse de estar presente na cidade do Rio de Janeiro”.

A presença do Rancho Poveiro junto da nossa diáspora também foi importante, sublinhou Aires Pereira: “O Rancho Poveiro, que me acompanhou nesta visita, realizou várias exibições no sentido de transmitir a nossa cultura. Mesmo com um grande esforço dos seus componentes, que ficaram instalados em condições que não se comparam ao conforto do lar, demonstraram que o amor que os une ao Rancho e à Póvoa de Varzim supera tudo. Tal como eu, foram muito acarinhados pela comunidade luso-brasileira”.

Nesta viagem ao Brasil, a comitiva também visitou a Casa dos Poveiros de São Paulo. “É uma realidade absolutamente diferente, até porque se trata de uma emigração mais recente, que aconteceu nas décadas de 50 e 60. A Casa dos Poveiros de São Paulo também é mais pequena e tem custos de manutenção menores, comparativamente com a do Rio de Janeiro. Por outro lado, existe um conjunto de bravos poveiros que visitam regularmente a nossa cidade e que têm muito orgulho, numa grande metrópole como é São Paulo, em realizar as suas festas na Casa dos Poveiros e participar nos vários eventos de cariz português promovidos pela Casa de Portugal”.

É verdade que há um poveiro em cada canto do mundo, mas institucionalmente existem quatro Casas dos Poveiros, nomeadamente no Rio de Janeiro e em São Paulo (Brasil), em Toronto (Canadá) e em Joanesburgo (África do Sul). “A Casa dos Poveiros da África do Sul é aquela que está mais distante e estamos muito interessados em restabelecer essa ligação. Aliás, como este ano as comemorações do Dia de Portugal (10 de Junho) também vão decorrer na África do Sul, com a presença do Presidente da República, estamos a preparar um conjunto de fotografias da nossa Póvoa e trajes das nossas rusgas, para enviar à Casa dos Poveiros da África do Sul, para que de alguma forma se possa identificar a nossa cidade e as nossas tradições neste dia tão importante”, reforçou Aires Pereira.

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