Voz da Póvoa
 
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A Inofensiva Ternura de um Poema

A Inofensiva Ternura de um Poema

Cultura | 1 Fevereiro 2024

 

Nenhum livro é inocente, escrever é o primeiro passo para a metamorfose. Os livros apresentam-se aos seus autores com a delicadeza de uma metáfora. Como desenredar, dar-lhe personagens ou palavras inconformadas. André Furtado escreveu em "In-ócuo" um espelho de nós, e escolheu a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto para, no dia 27 de Janeiro, nos fazer valer todos os seus sonhos e inquietações.
 
No átrio, Aurelino Costa semeou poemas e a Gimnoarte mostrou o quanto vale a dança na sua academia, com uma performance onde a suavidade, o gesto e o movimento são traduções do imaginário.
 
Depois, um segundo momento foi programado para o auditório da Biblioteca. A poesia vestiu-se de teatro e de cinema, lugares habitados pela palavra, “um encontro com o Eu de todos nós. É uma poesia questionadora, altruísta, holística, que tem por missão o despertar da sensibilidade humana, tanto a nível terreno como espiritual. Um convite profundo a cada pessoa para mergulhar em si mesma, uma vez que somos todos espelho/reflexo uns dos outros como consciência colectiva”, disse André Furtado.
 
O livro convida o ser humano a conhecer-se, segundo o poeta, “a tornar-se a melhor versão de si mesmo”. É um livro que “fala sobre filosofia, existencialismo, propósito de vida e cura”.

Presente na sessão, o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Luís Diamantino, partilhou algumas ideias do autor, “temos que acreditar em nós e o André fez aquilo que há muito tempo sonhava fazer. Preparou toda a sessão de forma milimétrica”. Para o Vereador da Cultura, “a tarde foi um poema”.

Há dias assim, cheios de clareza e de humanidade.

Por: José Peixoto

Fotos: JCM/CMPV

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