Em Amarante, berço do escritor ainda se comemoram outras datas, mas na Póvoa de Varzim onde Alexandre Pinheiro Torres viveu 8 anos, há a certeza documentada que as águas rebentaram a 27 de Dezembro de 1921.
Esta segunda-feira, o Presidente da Câmara Municipal descerrou a placa comemorativa da efeméride, na segunda casa na Rua de S. Pedro n.º 1, onde morou o escritor. A sua primeira habitação, na ainda Vila Poveira, foi na Rua Serpa Pinto, n.º 62 (demolida), junto à Ilha do Desterro, que mais tarde viria a eternizar em poema e livro com o mesmo título e que recebeu ilustrações de Júlia Pintão. Neste livro de poesia, o poeta Alexandre Pinheiro Torres pretende restituir-nos de dentro, o lugar da sua infância e adolescência, a atmosfera viva do humilde viver poveiro, onde cresceu como homem.
Aires Pereira assinalou de forma simbólica a ligação Temporal e profunda do escritor à cidade e reconheceu, publicamente, o valor da sua obra e percurso enquanto romancista, poeta, cronista, historiador da literatura e crítico literário.
Também o Vereador da Cultura, Luís Diamantino sublinhou a relação que Alexandre Pinheiro Torres tinha com a Póvoa de Varzim, destacando o facto de o escritor ter pedido à sua esposa que, no dia em que desse passos na eternidade, as suas cinzas fossem semeadas no mar da Póvoa.
