A poesia subiu a escada do pequeno auditório até à galeria da Biblioteca Municipal, com Aurelino Costa a interpretar "Mar não absoluto" de Alexandre Pinheiro Torres e um excerto de "Morrer a Ocidente" de Luísa Dacosta.
As palavras serviram para “Ouvir o Bater do Coração do Mundo” na arte de Júlia Pintão. “Nasci em Valadares em 1948, cursei Química na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Desde muito nova que o desenho se tornou a minha linguagem e era desenhando que procurava compreender as vivências, os sonhos e as angústias, o que ainda hoje se mantém, pois um pequeno bloco, um lápis, uma caneta ou um pequeno pincel são uma companhia indispensável e permanente. A arte, é aliás, o que resulta a cada dia de mil e uma noites, de mil e um sonhos, fracassos, sofrimentos e a força pela qual produzo a obra, renunciando a mim mesma, entre a realidade e a viagem e nesse apagamento tomo a decisão para que o silêncio tome forma”, refere a artista plástica que um dia fez as aguarelas da “Epopeia dos Humildes” de Santos Graça.
A sua obra está representada no Sakimi Art Museum Okinawa Japão, Museu da Bienal de Vila Nova de Cerveira, Museu de História e Biblioteca da Póvoa do Varzim, em coleções particulares em Portugal, Brasil, França, Bélgica, Inglaterra, Itália e Japão.
Fotos: JCM
