Voz da Póvoa
 
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Utentes da Linha Póvoa de Varzim – Porto Contestam Alterações UNIR

Utentes da Linha Póvoa de Varzim – Porto Contestam Alterações UNIR

Correio do Leitor | 7 Dezembro 2023

 

Autocarros – Linha Póvoa de Varzim – Porto – Alterações UNIR – Atual Linha 3503

Somos um grupo de utentes (estudantes e trabalhadores altamente qualificados) que viaja diariamente para o Pólo de Inovação da cidade do Porto, constituído por Universidades, Centros de Investigação, Unidades de Saúde de referência, entre outros pontos nevrálgicos, e vimos expor a situação inframencionada.

Muitos de nós tomámos decisões importantes de vida há vários anos com base no pressuposto que tínhamos o nosso direito à mobilidade assegurado através da linha de autocarros Póvoa de Varzim – Porto cujo percurso feito pela Nacional 13 – Via Norte – Circunvalação – Hospital São João – Porto permitia efetuar esta viagem num tempo aceitável, visto que o Metro não é de todo uma solução adequada para quem viaja para esta zona.

Viajam também nesta linha muitos utentes e idosos que se dirigem ao Hospital e IPO, com dificuldades de mobilidade e que vêm para consultas, tratamentos, entre outros.

Aquando da entrada em funcionamento da UNIR, no passado dia 1 de dezembro, houve uma alteração de percurso que apenas acresceu tempo à deslocação, prejudicando as pessoas que optam por viajar neste transporte público. O percurso, a partir da rotunda de Padrão de Moreira, passou a ser feito por dentro passando por uma série de localidades de Matosinhos, em direção a Montes Burgos, zona essa que é servida pelos STCP e outros operadores. A estrada é estreita, atravessa uma série de localidades com comércio, com carros estacionados em segunda fila, com muitos semáforos e imenso trânsito. Os autocarros da UNIR nem sequer podem parar nessas paragens, pelo que esta alteração de percurso é inútil. Além disso, esta alteração de percurso acresce no mínimo 1 h em horas de ponta, ou seja, as viagens passaram a ter uma duração de cerca de 2 horas, isto é, 4 horas por dia (se não contabilizarmos ainda que muitos motoristas não conseguem iniciar o horário seguinte porque devido ao atraso ainda estão na carreira anterior). Em acréscimo, há utentes que iam trabalhar para a zona da SONAE e agora viram subtraído o seu direito à mobilidade.

Sendo o percurso servido pelos STCP e por outros operadores, é incompreensível esta alteração.

Como resultado desta reformulação do percurso, falta referir o impacto que tem para os doentes e trabalhadores/estudantes, quer a nível familiar, quer pessoal. Por exemplo, torna-se impossível compatibilizar os horários das viagens com o horário de trabalho e com os horários das escolas e/ou creches dos nossos filhos, impedindo o apoio à família.

Pela Comissão de Utentes,
Anabela Gomes da Silva

UASEF - Unidade de Assessoria aos Serviços Económico-Financeiros

FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

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