Voz da Póvoa
 
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PELA CALADA DA NOITE …

PELA CALADA DA NOITE …

Correio do Leitor | 10 Março 2021

Não conhecia a ciclovia do canal da antiga linha férrea Póvoa de Varzim – Vila Nova de Famalicão e, num fim-de-semana resolvi utilizá-la e, partindo de bicicleta aproximadamente do Km 4, fui até Rates.

Pelo caminho fui recordando o percurso de comboio efectuado várias vezes na minha meninice, aquando das visitas a familiares em Rates e, envolto naqueles pensamentos, quando dei por mim, estava exactamente em frente à ex-estação.

De regresso, depois de me deliciar com o feito, comecei a apreciar devidamente as obras levadas a cabo e, francamente, gostei do trajecto, só não gostei do que vi …

- Como é possível que, entre os Km 5,5 e 7 faltem 26 armaduras da iluminação pública e, entre os Km, 9 e 10 faltem 14? 40 Armaduras!

- As grelhas das águas pluviais, maioritariamente, tivessem desaparecido?

- Destruição total dos “pinos” que vedam o acesso de viaturas à ciclovia?

As respostas são óbvias, uma vez que:

1 – Para retirar as armaduras, (só podia ter sido por ladrões - é este o termo - profissionais do ramo), devidamente equipados com ferramentas apropriadas, viatura com “cesto” e equipa preparada para cortar a cerca de 1,5 metros do solo o cabo eléctrico enquanto outros desmontavam as armaduras e, claro, destruir os pinos. Curiosamente os “artistas” seleccionaram os locais, dado que “trabalharam” em zonas onde existem taludes ou denso arvoredo, sentindo-se mais protegidos pela calada da noite. Uma coisa é garantida: o “cliente” deveria ter fornecido a viatura!…

2 – Quanto às grelhas, seriam os mesmos ou deles conhecidos, pois para retorcerem os ferros que as prendiam ao solo, socorreram-se de material adequado.

Os vândalos predadores que se dedicaram a destruir e a roubar o erário público, pondo em causa a segurança dos utilizadores, não o fizeram por asofia, mas deliberadamente.

Uma obra levada a cabo pelo Município e que é um orgulho de todos os utilizadores, é destruída por energúmenos. Uns que assaltam pela calada da noite, outros que conduzem veículos de carga tentando entrar em propriedades, danificando seriamente o piso. Lamentável.

 

Manuel Joaquim Craveiro

 

 

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