A poveira Manuela Ribeiro recebeu, no Sábado, o título de Arraiana Maior 2020, atribuído pelo Coletivo Arraianos, durante a 4ª edição das Jornadas Arraianas de Cinema Rural.
O Coletivo Arraianos, sediado na cidade de Entrimo, província de Ourense, na vizinha Galiza, distingue, anualmente, uma pessoa que, no seu entender, contribui, com o seu trabalho, para derrubar muros e eliminar fronteiras. Sobretudo as geográficas, sobretudo as que são apenas geográficas entre povos que têm uma raiz linguística comum, uma mesma raiz cultural.
De acordo com Aser Ålvarez, presidente do Coletivo Arraianos, há muito andavam "de olho" no trabalho desenvolvido por Manuela Ribeiro, não apenas na sua função de principal responsável pelo Correntes d' Escritas e coordenadora da Revista com o mesmo nome, mas também pelo seu trabalho no Cine-Teatro Garrett e pela Feira do Livro da Póvoa de Varzim.
O testemunho - a aguillada (um cajado que ajudará simbolicamente a derrubar obstáculos e a aproximar os povos raianos de um e do outro lado da fronteira que se pretende inexista) foi entregue a Manuela Ribeiro, no sábado, dia 8 de Agosto, pelo seu antecessor, Xurxo Souto, acordeonista, cantor, escritor, locutor e licenciado em Filologia Clássica-Galega, na presença de outros distinguidos e do presidente da Câmara de Entrimo, Ramon Alonso Lopez.
Manuela Ribeiro agradeceu a distinção, consciente da responsabilidade acrescida que este testemunho representa no estreitamento de laços entre portugueses e galegos e no fortalecimento de espaços de diálogo entre eles.
