Voz da Póvoa
 
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Quarto Minguante
Ivo Flores era aquele miúdo que fascinava pelo encanto da voz e domínio da guitarra. Cresceu e edificou na coluna vertebral um grupo de amigos e admiradores que lhe garantem uma certa eternidade, porque há homens que não morrem, partem sem dizer adeus. Depois os de cá, os que partilharam a plateia e o palco, um abraço, uma angústia, um copo e o coração de nos ter amigos para sempre, não saberão nunca desistir de o ter, ouvir as suas canções e agradecer. Ivo Flores soube sempre estar no palco da vida, onde abraçou o sonho de Brel, Léo Ferré, Zeca Afonso, Vinícius de Moraes ou João Gilberto, identidades que partiram, vozes que ficaram.
Lua Cheia
O futebol é um desporto de paixões. É uma espécie de “amor tribal” que não se explica, sente-se e vive-se. Por vezes, chega a roçar o fanatismo, pelo sentimento de pertença a um clube e de rivalidade com outros clubes. Mas também encontramos exemplos de solidariedade, união e de profundo respeito, como aquele que se gerou em torno do poveiro Ricardo Nunes, guarda-redes do Desportivo de Chaves, que, aos 37 anos, suspendeu a carreira para tratar um problema oncológico. Desde que foi tornado pública a doença, multiplicaram-se as palavras de apoio, incentivo e de esperança para que o guardião consiga a mais importante vitória da sua vida. Da nossa parte, também desejamos uma rápida recuperação a Ricardo Nunes, um profissional e um homem que é um exemplo, dentro e fora das quatro linhas.
Maré Alta
O verão das associações aconteceu numa tenda no cais, mas há quem prefira não sair do seu bairro, mesmo que para isso tenha que reinventar-se a cada ano. Um grupo de amigos meteu mãos à obra e pelo quinto ano consecutivo montaram, no Largo de Nossa Senhora de Belém, o Arraial Giesteira em Flor. Milhares de flores de papel foram confeccionadas por hábeis mãos, que deram aos olhos dos convivas uma outra alegria, para além do bom vinho que foi servido e das papas de sarrabulho, rojões, pá de porco assado, moelas, caldo verde ou doces caseiros. Francisco Nova, Amigos da Borga e a Rusga de Belém souberam animar e prolongar a noite.
Maré Baixa
Já foi tempo de ver a Póvoa encher nos três meses de Verão. As férias grandes, do tempo de escola, mingaram e a praia e o comércio local ressentiram-se. Sabemos que o Agosto arrasta sempre mais gente e nesta última quinzena cheirou mesmo a enchente. Como a vontade é levar a viatura a banhos, não há paciência para tanta infracção, falta de civismo e educação, e nem a polícia tem pessoal e reboques suficientes para desanuviar os atropelos ao código. Uma cidade que recebe tanta gente não vai de férias. Não somos dos que acham que a PSP não faz nada, a Polícia Municipal também procura cumprir a sua missão, mas exigia-se um rastreio mais rigoroso às viaturas em contraordenação, por forma a facilitar a vida a quem trabalha. É que uma cidade que recebe tanta gente não pode ir de férias.
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